DERIVA
CONTINENTAL
Teoria criada
pelo meteorologista alemão Alfred Wegener, na qual ele afirmou que há,
aproximadamente, 200 milhões de anos não existia separação entre os
continentes, ou seja, havia uma única massa continental, chamada de
Pangeia e um único Oceano, o Pantalassa. É a teoria que afirma que
todos os continentes, no passado, formavam apenas um, o Pangeia, e que
posteriormente se fragmentou graças à tectônica das placas. Depois de milhões
de anos houve uma fragmentação surgindo dois megacontinentes chamados de
Laurásia e Godwana, e apartir daí os continentes foram se movendo e se
adequando às configurações atuais.
O ponto crucial para o desenvolvimento da
teoria da Deriva Continental, que na sua essência significa movimentação dos
continentes, ou ainda, placas que se movem, é a constatação de que a Terra não
é estática. Então Wegener percebeu que a costa da África possuía contorno que
se encaixava na costa da América do Sul. Outro vestígio que reforça a teoria
foi a descoberta de fósseis de animais da mesma espécie em continentes
diferentes, pois seria impossível que esses animais tivessem atravessado o
Oceano Atlântico, a única explicação é que no passado os dois continentes
encontravam-se juntos.
TEORIA DAS PLACAS TECTÔNICAS
Placas
tectônicas são
grandes blocos rochosos semirrígidos que compõem a crosta terrestre. A Terra
divide-se em quatorze principais placas tectônicas, as quais se movimentam
sobre o manto de forma lenta e contínua, podendo aproximar-se ou se afastar
umas das outras. A movimentação das placas resulta
na formação de montanhas, fossas oceânicas, atividades vulcânicas, terremotos e
tsunamis. Em 1913, Alfred Wegener apresentou a Teoria da Deriva Continental, que afirma
que, há milhões de anos, as massas de Terra formavam um único supercontinente,
chamado Pangeia. Essa teoria foi confirmada por sua sucessora, a chamada Teoria
das Placas Tectônicas.
A Teoria das Placas tectônicas parte do pressuposto de
que a crosta terrestre está dividida em grandes blocos semirrígidos, ou seja,
em placas que abrangem os continentes e o fundo oceânico. Essas placas
movimentam-se sobre o magma, impulsionadas por forças vindas do no interior da
Terra. Portanto, a
superfície terrestre não é uma placa imóvel, como era
falado no passado.
Principais placas tectônicas . O planeta Terra está dividido em
52 placas tectônicas, sendo 14 principais e 38 menores. Como exemplos de placas
principais, podemos citar a Placa Sul-Americana, a Placa do Pacífico e a Placa
Australiana. As menores podem ser exemplificadas pela Placa do Ande do Norte,
Placa da Carolina e Placa das Marianas.
Veja a seguir
as características de algumas das principais placas tectônicas que formam nosso
planeta:
Placa
tectônica
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Localização
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Placa
Sul-Americana
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Abrange a
América do Sul e estende-se até a Dorsal Mesoatlântica.
Sua
fronteira leste faz limite divergente com a Placa Africana; ao sul, faz
limite com a Placa Antártica e com a Placa Scotia; a oeste, faz limite
convergente com a Placa de Nazca; e ao norte, limita-se com a Placa
Caribenha.
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Placa de
Nazca
|
Localiza-se
à esquerda da Placa Sul-Americana. O choque entre essas duas placas formou a
Cordilheira dos Andes.
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Placa do
Pacífico
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Abrange boa
parte do Oceano Pacífico.
Limita-se ao
norte com a Placa do Explorador, com a Placa Juan de Fuca e com a Placa de
Gorda.
Seu limite
com a Placa Norte-Americana resultou na falha de San Andres.
|
Placa
Euro-Asiática
|
Abrange
parte da Eurásia e limita-se com a Placa Africana e a Placa da Índia.
Separa-se da
Placa Norte-Americana pela Dorsal Mesoatlântica.
|
Tipos de placas
· Oceânicas: encontram-se
no assolho oceânico.
· Continentais: situam-se
sob os continentes.
· Oceânicas e
continentais: situam-se
sob o continente e no assoalho oceânico.
Os movimentos
realizados pelas placas tectônicas ocorrem em virtude das altas temperaturas
existentes no interior da Terra.
A crosta
terrestre encontra-se sobre o manto, camada da
Terra composta por magma. O intenso calor provoca a movimentação circular do
manto em correntes de convecção. Esse
movimento convectivo transfere calor do núcleo (camada mais interna da Terra)
para as camadas mais externas, provocando a movimentação das placas, levando à
junção ou à separação dos continentes.
Movimentos das placas tectônicas
A movimentação
das placas é lenta, contínua e ocorre no limite entre elas. Esse deslocamento
leva bastante tempo e é responsável por diversas transformações e fenômenos que
ocorrem na crosta terrestre, como a formação de montanhas e vulcões, terremotos e
aglutinação ou separação dos continentes.
Os movimentos
das placas tectônicas podem ser laterais, de afastamento e de colisão.
Limites das placas tectônicas
Limites das
placas tectônicas correspondem às zonas de encontro entre as placas, ou seja,
são as fronteiras ou margens das placas, nas quais ocorre intensa movimentação,
como atividades sísmicas e vulcanismo.
1) Limite divergente:
No movimento divergente, as placas afastam-se umas das
outras, formando fendas e rachaduras na crosta terrestre.
Assim, quando ocorre o movimento das correntes convectivas ascendentes, o magma
do interior da Terra atravessa as fendas, sendo levado para a superfície. O
magma, então, resfria-se e é acrescentado às bordas das placas, que aumentam de
tamanho. A separação
das placas oceânicas dá origem a dorsais
mesoceânicas (cadeias montanhosas submersas no oceano),
que provocam expansão do fundo oceânico, originando terremotos e vulcões. Já a
separação das placas continentais pode originar terremotos e formar vulcões e
vales em rifte (regiões em que a crosta terrestre sofre uma fratura, provocando
afastamento das porções vizinhas da superfície terrestre), como aqueles
encontrados no Golfo da Califórnia.
2) Limite convergente:
No
movimento convergente, as placas aproximam-se e chocam-se
umas contra as outras. Quando o movimento convergente ocorre
entre uma placa oceânica e uma placa continental, a primeira retorna ao manto,
enquanto a segunda enruga-se, formando dobras. Isso ocorre porque as rochas das
placas oceânicas são mais densas que as rochas das placas continentais.
Quando ocorre um
choque entre duas placas oceânicas, apenas uma das placas afundará, no caso, a
mais densa entre as duas.
Quando o
choque ocorre entre duas placas continentais, não há afundamento das placas,
visto que a densidade das duas é a mesma, logo, ambas sofrem dobramento. Um
exemplo desse tipo de choque foi o que ocorreu entre as placas Sul-Americana e
a Placa de Nazca, que deu origem à Cordilheira dos Andes.
3) Limite transformante
No
movimento transformante, as placas deslizam umas em relação
as outras, provocando rachaduras na região de contato
entre as placas. Nesse movimento, não há destruição nem criação de placas,
podendo, em alguns casos, originar falhas.
Um grande
exemplo de movimento transformante ocorreu entre a Placa do Pacífico e a Placa
Norte-América, resultando na falha de San Andres, no estado da Califórnia, nos
Estados Unidos.
Placas no Brasil
O Brasil situa-se
no centro da Placa
Sul-Americana, que possui uma área de 43,6 milhões de
quilômetros quadrados e, aproximadamente, 200 quilômetros de espessura. Essa
placa move-se para o oeste, afastando-se da Dorsal Mesoatlântica e
aproximando-se das Placas de Nazca e do Pacífico. Por estar
localizado exatamente no centro da Placa Sul-Americana, o Brasil quase não
sofre grandes abalos. Há no país ocorrências de sismos de pequena magnitude,
decorrentes do desgaste da placa.
VIDEO AULA - DERIVA CONTINENTAL
VIDEO AULA - TEORIA DAS PLACAS TECTÔNICAS