Estrutura Geológica da Terra



ESTRUTURA GEOLÓGICA DA TERRA
A história da Terra está escrita na pedra. As rochas revelam a origem e evolução da Terra, evidenciando sua estrutura geológica e as idades de sua formação. A crosta e o manto superior da Terra são constituídos por minerais e rochas de diferentes idades e origens. Os minerais são geralmente sólidos inorgânicos que se formam na natureza e possuem, via de regra, uma composição química definida. As rochas, por sua vez, são uma associação de minerais em equilíbrio físico-químico, formando agregados de um ou vários minerais. Os minerais podem estar unidos em combinações que originam rochas, ou apresentar-se como formas puras, isolados, como o ouro e o diamante, ou ainda agrupados em pequenas massas. Alguns são extraídos nas minas e pedreiras por serem úteis para a indústria e para a construção, ou simplesmente por terem valor ornamental.

a) Escudos cristalinos (cratóns) – áreas mais antigas, pré-cambrianas, portanto datadas do arqueozoico e proterozoico, que afloraram desde o início da formação da crosta. São constituídos de terrenos cristalinos muito antigos e consolidados, portanto estáveis quanto à tectônica. Os principais escudos são: Canadense, Sul-Africano, Fino-Escandinavo, Siberiano, Guiano, Brasileiro e Patagônico. As rochas características do Escudo Brasileiro possuem estrutura rígida, tais como: granitos, basaltos, gnaisses, riolitos, etc. Ao redor desses terrenos depositaram-se rochas sedimentares mais novas.

b) Bacias sedimentares – depressões existentes na superfície dos terrenos cristalinos, elas recobrem cerca de 75% da superfície terrestre e são caracterizadas pela sua formação na Era Paleozoica (500 milhões de anos atrás), com a acumulação dos sedimentos gerados pelo desgaste das rochas em função da ação dos agentes externos de formação do relevo. Onde se alojaram os detritos arrancados das regiões circundantes mais elevadas. Trata-se de terrenos formados principalmente ao longo das eras paleozoica e mesozoica – períodos primário e secundário – mais antigos, além da era cenozoica, que abrange os períodos terciário e quaternário, portanto, mais recentes. A sedimentação de material detrítico se faz em camadas, muitas vezes soterrando extensas áreas de vegetação original, o que dá origem ao carvão mineral. O petróleo – produto da decomposição incompleta de moluscos, crustáceos, plantas marinhas e toda matéria orgânica existente nos mares ou para eles transportada – acha-se comprimido sob o peso das camadas sedimentares. Neste caso, ele é forçado para baixo, escoando para os espaços intergranulares das rochas – em geral arenitos, areias, argilas e calcários, daí seu nome, que significa “óleo de pedra” – acumulando-se em bolsões que constituem as jazidas. As mais importantes bacias sedimentares brasileiras são: Amazônica, Pantanal, Sanfranciscana, Paranaica e Costeira.

c) Dobramentos modernos – enrugamentos típicos do período terciário da era cenozoica, formados por elevações de grandes massas continentais, a partir dos movimentos orogenéticos ocorridos pela ação da tectônica de placas. Trata-se de terrenos jovens e instáveis geologicamente, com predominância de rochas sedimentares que se moldaram às pressões horizontais da crosta. Esses alçamentos terciários caracterizam a Cordilheira dos Andes, Montanhas Rochosas, Alpes, Cárpatos, Apeninos, Cordilheira do Himalaia, Cáucaso e Cadeia do Atlas. As Bacias Sedimentares ou Bacias de Sedimentação re­presentam 64% do território brasileiro e os Escudos Cristalinos ou Maciços Antigos, 36%. Não há, no Brasil, Dobramentos Modernos, em virtude de o nosso território estar localizado na parte central da Placa Sul-Americana. Portanto, podemos dizer que a estrutura geológica brasileira é antiga e bem consolidada. Os terrenos jovens constituem as zonas de sedimentação recente, datados do quaternário, constituindo as planícies marginais aos rios e regiões costeiras.

VÍDEO AULA - ESTRUTURA GEOLÓGICA

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