Espaço geográfico é qualquer região ou fração de espaço do planeta.
Pode ser dividido essencialmente em três subespaços: geosfera (ao
qual pertence a litosfera, hidrosfera e atmosfera.). A
combinação da litosfera com a hidrosfera e a atmosfera constitui um subespaço
geográfico denominado biosfera. Este subespaço recebe tal denominação por
corresponder à porção do planeta que é capaz de comportar vida.
Didaticamente, o espaço
geográfico pode ser entendido como o espaço natural modificado
permanentemente pelo homem por meio de seu trabalho e das técnicas
por ele utilizadas.
Para a Geografia Física o espaço
geográfico é o espaço concreto ou físico inserido na interface
"litosfera-hidrosfera-atmosfera". É o espaço de todos os seres vivos,
não só o espaço do homem. O espaço geográfico foi formado a 4,5 bilhões de anos
quando a Terra foi formada. De lá para cá houve mudanças profundas na sua
estrutura, composição química e na paisagem geográfica. Oceanos apareceram,
oxigênio ficou abundante, devido o papel das algas e plantas superiores. Quando
o homem surgiu na Terra ele já estava formado. Com o tempo a humanidade começou
a modifica-lo através da tecnologia. Hoje as paisagens geográficas estão
bastante modificadas, mas a natureza continua determinando tudo ou quase tudo.
Só o fato do homem precisar respirar é um fator determinante.
Para a Geografia Humana na corrente
conhecida como geografia tradicional, o conceito de espaço não
era uma categoria central de pesquisa, pois os geógrafos trabalhavam
principalmente com os conceitos de superfície terrestre, região, paisagem e território.
Já a partir da década de 1950, com a chegada da geografia quantitativa, o
conceito de espaço tornou-se central nas pesquisas em
geografia humana. De fato, essa corrente do pensamento geográfico definia a
geografia como a ciência que estuda a organização espacial, ou seja, a lógica
que estabelece os padrões de distribuição espacial dos fenômenos e as relações
que conectam pontos diferentes do espaço.
Nesse sentido, a geografia
precisava entender a lógica do comportamento dos agentes sociais para poder
explicar a localização das atividades humanas e os fluxos de pessoas,
mercadorias e informações que conectam os lugares. Mas, de meados dos anos 1970
em diante, o conceito de espaço foi totalmente redefinido
pela geografia crítica. Essa corrente afirma que, assim como a cultura, a
política e a economia são instâncias da sociedade, o mesmo ocorre com o espaço,
que, como produto social, reflete os processos e conflitos sociais, ao mesmo
tempo em que influi neles. Para a maior parte dos geógrafos críticos,
como Milton Santos, Ruy Moreira, David Harvey, entre outros, o
objeto de estudo da geografia é o espaço, concebido de forma humanizada e
politizada como uma instância social.
Segundo essa última concepção,
que é a predominante na atualidade, a sociedade se expressa inteira no espaço
geográfico, num feixe de relações sociais, políticas e econômicas que as
pessoas estabelecem entre si e delas com o espaço. As relações entre as pessoas
são construídas na família, no trabalho, na escola, na universidade, no lazer,
na igreja, etc. As relações de trabalho nos últimos anos passam por uma enorme
transformação provocada pela rapidez do avanço tecnológico e sua aplicação nos
processos produtivos.
As paisagens mudam porque
precisam incorporar novos objetos que a ciência descobriu e novos elementos que
a técnica cria por meio do trabalho do ser humano. É partindo da ciência e da
tecnologia que objetos são fabricados pelos homens. Alguns desses objetos são
incorporados á nossa rotina sem maiores implicações, como o telefone celular,
por exemplo. Outros objetos exigem implantação de novos arranjos espaciais que
facilitem o seu uso pelas pessoas, no dia a dia, sabe:derruba isso constrói
aquilo. E assim a paisagem muda. Isso sem considerar os fenômenos naturais, e
como os terremotos, as inundações, os deslizamentos de terra e
outros.
Nem sempre, porém, há essa
mudança. Em certas paisagens geográficas, existem elementos culturais que
pertencem a épocas diferentes da atual. Esses elementos foram preservados como
memória de outro tempo, de outro modo com o as pessoas organizavam a vida em
sociedade.
Problematização
Como
suprir nossas necessidades materiais? O espaço geográfico é construído num
processo que não termina. A natureza do lugar não acabou. Foi transformada,
humanizada. Passa a fazer parte da cultura humana. As necessidades vitais
permanecem: as plantas continuam a processar a fotossíntese para fornecer
oxigênio à respiração; chuvas para reabastecer nossos mananciais; água limpa
para o nosso consumo doméstico; irradiação solar; beleza dos patrimônios
naturais dos ambientes protegidos.
VÍDEO AULA - ESPAÇO GEOGRÁFICO